quarta-feira, 6 de abril de 2011

Leitores (des)contados

Pode não parecer, mas eu tenho “assim” de leitores. Recebi vários emails pelo texto “Quase 30 horas”. Seria mais honesto dizer que tenho “a cinco” de leitores; e seria mais preciso contabilizar quatro emails. Não importa, há que se começar por algum numeral.


Um amigo comentou “o texto começa melancólico mas depois decola”. Talvez eu esteja exagerando, como de costume. Ele escreveu levanta ao invés de decola. O texto falava em avião, por que ele não usou a palavra decola? Será que ele prefere o som nasal daquela palavra? No email, ele explicou também que correspondi às expectativas; depois me confundiu, narrando com o seu jargão polido a história de um estagiário que lhe correspondeu à expectativa; o estagiário não fez nada e era o que ele esperava. Na busca de uma segunda opinião, liguei para o meu namorado pra perguntar se ele achava que levanta e decola são sinônimos.


“Ninguém nunca imaginou que esta linda mulher se transformaria num gorila”. É como eu me sinto quando o meu namorado não me atende. Porém, nós dois sabemos que é melhor que ele não atenda, pois ele sabe que se trata de alguma coisinha pequenina que eu transformei num pandemônio momentâneo.


Li, reli e analisei uma dezena de vezes o email do meu amigo. Foi claramente um elogio. Elogio de amigo que empresta cartão de crédito não conta? Então, três é o número da sorte de leitores.


Minha irmã enviou um email, dizendo esperar ansiosamente o próximo post. Não pode contar parente? A multidão de seguidores acabou de se reduzir a um par perfeito.


Minha comadre garantiu que fez um comentário “carregado de emoção e impulsividade” mas que ocorreu um erro no envio. Comadre é parente?


Só restou um leitor. O único, ou a única. Amiga, que se sentiu parte da história, é suspeita?


Zerou o taxímetro. Nada como recomeçar bem.


Só um pouco de rodeio pra agradecer por terem lido o longo post Quase 30 horas.



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